A disfunção erétil (DE) é uma condição médica que afeta a qualidade de vida de muitos homens em todo o mundo. Com o avanço da medicina regenerativa, novas opções de tratamento estão sendo exploradas para além das terapias convencionais. Uma dessas abordagens emergentes é o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) no tratamento da DE. O PRP é uma terapia que utiliza os próprios componentes sanguíneos do paciente para estimular a regeneração dos tecidos e melhorar a função erétil. Esta abordagem inovadora tem ganhado destaque na comunidade médica devido aos seus potenciais benefícios. Portanto, este estudo visa analisar as evidências atuais sobre a eficácia e segurança do PRP no tratamento da DE.
Uma meta-análise foi realizada com base em dados de estudos clínicos antes e depois do tratamento com PRP para DE. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais e de caso-controle com pelo menos 10 participantes e um acompanhamento mínimo de 1 mês. A pontuação do Índice Internacional de Função Erétil – Função Erétil (IIEF- EF) foi utilizada como desfecho principal. As análises agrupadas foram realizadas utilizando técnicas estatísticas apropriadas, como o RevMan e o STATA18, com intervalos de confiança de 95%.
Resultados
Após a análise de sete estudos, totalizando 236 pacientes, observou-se uma melhora significativa na pontuação do IIEF-EF após o tratamento com PRP. Em todos os meses de acompanhamento (1, 3 e 6 meses), houve um aumento substancial na pontuação, indicando uma melhora na função erétil. Além disso, a análise de subgrupos com base no uso de inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE5i) também confirmou os resultados positivos do PRP. Quanto à hemodinâmica peniana, observou-se melhorias significativas na velocidade sistólica de pico e na velocidade diastólica final. As complicações relatadas foram principalmente leves, como hematomas subcutâneos, com poucos casos de formação de placa indolor.
Conclusões
Os resultados desta meta-análise sugerem que o PRP é uma opção terapêutica promissora para homens com DE, com melhorias significativas na função erétil e na hemodinâmica peniana. No entanto, são necessários mais estudos clínicos para validar esses resultados e estabelecer o protocolo ideal de tratamento com PRP. A segurança e durabilidade do tratamento também devem ser investigadas em estudos futuros. Em última análise, o uso do PRP no tratamento da DE representa uma abordagem inovadora e pode oferecer uma nova esperança para os pacientes que sofrem dessa condição.