Pessoas que optam por cirurgia de correção de curvatura peniana devem estar cientes dos resultados da doença de Peyronie antes e depois do procedimento. Nem sempre o paciente tem aplicação para o tratamento invasivo e, algumas vezes, uma abordagem injetável pode ser suficiente para reverter o quadro.
Essa complicação atinge cerca de 10% da população masculina no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, e pode causar muito desconforto e dor, sobretudo durante a ereção, além de problemas de autoestima, que podem ser bastante prejudiciais no dia a dia dos pacientes.
Como as dúvidas a respeito da doença de Peyronie antes e depois da cirurgia são muito frequentes, trouxemos neste artigo as principais informações que os pacientes precisam saber a respeito do pré e pós-operatório.
Antes da cirurgia de correção de Peyronie
Ao analisar as principais características e informações sobre a doença de Peyronie antes e depois da cirurgia, é preciso considerar que essa condição nem sempre requer cirurgia.
Os primeiros sinais da doença podem sumir por conta própria (em 20% dos casos a fibrose manifesta desaparece sem qualquer tipo de tratamento) ou nunca se tornam graves o suficiente para justificar a correção cirúrgica. Via de regra, a cirurgia corretiva costuma ser prescrita aos pacientes com as seguintes características:
- Com curvatura do pênis estável há pelo menos três a seis meses;
- Com sintomas (como dor e desconforto) manifestados há pelo menos um ano;
- Com dificuldades de penetração no sexo.
O médico responsável por conduzir o tratamento precisará realizar exames físicos tanto quando o pênis está flácido, para identificar a placa fibrosa formada que ocasiona a curvatura ou outras anormalidades penianas, quanto com o órgão ereto, para medir o grau e a direção da curvatura e, a partir de então, prescrever o tratamento.
Em relação aos cuidados pré-operatórios, o paciente deverá se submeter a exames de sangue, urina e avaliação cardiológica. É necessário, ainda, cumprir um jejum de 8 horas antes do procedimento.
Após a cirurgia de correção de Peyronie
Se você foi diagnosticado com a doença de Peyronie e obteve aplicação para cirurgia, então passará pelo procedimento, que poderá variar de acordo com as especificidades e abordagens do médico responsável pelo caso.
A cirurgia mais comumente feita é conhecida como plicatura, e consiste em alinhar o pênis compensando a curvatura no lado oposto ao lado curvado (onde a fibrose se manifestou). Vale ressaltar que embora esse procedimento seja o menos propenso a causar disfunção erétil, normalmente resulta em encurtamento do órgão em cerca de 1 a 2cm.
Em relação ao pós-operatório, não há grandes complicações ou cuidados muito complexos. Normalmente o paciente passa por uma nova consulta com o médico responsável após a cirurgia para ser orientado quanto à cicatrização, medicamentos complementares e eventuais tratamentos adjacentes.
Via de regra, após o procedimento cirúrgico, o pênis fica enfaixado por cinco dias e, após esse período, o curativo deverá ser trocado diariamente para higienização da região por mais cinco dias.
O cronograma de retorno às atividades do dia a dia dependerá principalmente de como o organismo do paciente se comportará. Contudo, as etapas normalmente indicam que entre sete e dez depois da cirurgia o indivíduo pode retornar ao trabalho; após trinta dias poderá retornar às atividades físicas e entre 45 e 60 dias poderá voltar à vida sexual ativa, desde que devidamente autorizado pelo médico.