Estudo Europeu
A maioria dos estudos investigando os efeitos da infeção da Covid -19 está muito concentrada na saúde reprodutiva dos homens.
Um grupo europeu, contudo, decidiu avaliar a possibilidade do surgimento de algum efeito precoce ou tardio na função sexual masculina em si.
Já é sabido que a rede neuro-vascular que permite e mantém as ereções são sensíveis e muitas vezes afetadas de modo tão incisivo que sintomas de Disfunção Erétil podem ser utilizados como marcadores de doença aterosclerótica ou como marcadores de eventos cardiovasculares potencialmente letais.
Com relação à Covid-19, contudo, talvez esse seja o primeiro estudo científico que tenha mostrado a correlação da infecção e o surgimento de quadros de perda de ereções, mesmo em pacientes relativamente jovens.
O estudo envolveu 100 homens de um total de 985 homens sexualmente ativos do grupo Sex@Covid, um grupo formado para ser seguido e estudado ao longo do tempo.
Para o estudo, fatores de confusão foram excluídos. Eles poderiam afetar os resultados por serem reconhecidamente como fatores que ”naturalmente” o aumentam o risco para disfunção erétil ou para suscetibilidade ao Covid-19.
Risco 6 vezes maior
Após realização de análises estatísticas básicas e avançadas, o resultado foi surpreendente, há quase 6 vezes de aumento do risco de disfunção erétil no grupo de homens que contraiu Covid em relação ao grupo que não contraiu.
São dados realmente impressionantes e presentes em pacientes relativamente jovens, com idade variando entre 29 e 45 anos.
Essa faixa de idade foi propositalmente escolhida para não se adicionar ao estudo pacientes com idades mais avançadas que naturalmente apresentariam perda de potência.
Possíveis explicações
Uma explicação plausível é o efeito negativo que a infecção pode causar no interior dos vasos, especialmente nos pequenos vasos. Essa rede vascular em bom estado é base para que ereções de qualidade ocorram.
Uma segunda explicação recai sobre o que enfatizamos no início do texto, a sensibilidade das ereções a quadros inflamatórios ou ateroscleróticos sistêmicos – servindo inclusive como marcador de uma boa saúde masculina.
Alguns homens podem não conhecer fatores de rico de base ainda não manifestados, mas precoce e agudamente expostos pela infecção de Covid-19, com o surgimento de diabetes, cardiomiopatias, miocardites, elevações do colesterol e hipertensão. Por essa explicação, a disfunção erétil poderia ser causada não diretamente pela Covid-19, mas pelas doenças ou condições desencadeadas pela Covid-19.
Finalmente o estudo conclui que a Disfunção Erétil pode ser uma complicação precoce ou tardia da infecção e recomenda que qualquer piora súbita nas ereções entrem no radar de médicos e pacientes quanto a possibilidade de uma infecção por Covid-19
Peyronie
Vale lembrar que se extrapolarmos os resultados e considerarmos o quadro inflamatório desenvolvido e desencadeado pela infeção da Covid-19, poderemos estar prestes a encontrar um aumento substancial no número de pacientes com Doença de Peyronie.
É preciso ressaltar que há uma série de limitações no estudo descrito e novos protocolos devem ser realizados para a confirmação dos achados.
FAQ’s
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Como a infecção por Covid-19 pode afetar a função sexual masculina?
O estudo sugere que a infecção por Covid-19 pode aumentar significativamente o risco de disfunção erétil, com um aumento de quase 6 vezes no risco em homens que contraíram a doença em comparação com aqueles que não contraíram. Isso pode ser devido a efeitos negativos nos vasos sanguíneos e à sensibilidade das ereções a condições inflamatórias e ateroscleróticas.
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Quais são as possíveis explicações para o aumento do risco de disfunção erétil após a infecção por Covid-19?
Uma explicação é o efeito negativo da infecção nos vasos sanguíneos, especialmente nos pequenos vasos, que são cruciais para ereções de qualidade. Outra explicação é a sensibilidade das ereções a condições inflamatórias e ateroscleróticas, que podem ser exacerbadas pela infecção e levar ao desenvolvimento de outras condições como diabetes e hipertensão.
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A disfunção erétil após a infecção por Covid-19 é uma condição temporária?
A disfunção erétil pode ser uma complicação precoce ou tardia da infecção. O estudo sugere que qualquer piora súbita na função erétil deve ser monitorada, pois pode estar associada à Covid-19. A duração e a reversibilidade da disfunção erétil podem variar dependendo do impacto individual da infecção e das condições associadas.
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O estudo encontrou disfunção erétil apenas em homens mais velhos?
Não. O estudo focou em homens jovens, com idades variando entre 29 e 45 anos, para evitar a inclusão de pacientes mais velhos que poderiam ter perda de potência relacionada à idade. Mesmo nessa faixa etária, o risco de disfunção erétil foi significativamente maior em homens que contraíram Covid-19.
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O que os homens devem fazer se notarem uma piora na função erétil após a infecção por Covid-19?
Os homens que notarem uma piora na função erétil após a infecção por Covid-19 devem consultar um médico para avaliação. A disfunção erétil pode ser um marcador de complicações associadas à infecção, e a orientação médica pode ajudar a determinar a causa e o tratamento adequado.
Covid-19 e Disfunção Erétil: O Impacto da Infecção na Função Sexual Masculina
A maioria dos estudos investigando os efeitos da infecção por Covid-19 tem se concentrado na saúde reprodutiva dos homens. No entanto, um grupo europeu decidiu avaliar a possibilidade do surgimento de efeitos precoces ou tardios na função sexual masculina.
É sabido que a rede neurovascular que permite e mantém as ereções é sensível e muitas vezes afetada de maneira tão incisiva que sintomas de disfunção erétil podem ser utilizados como marcadores de doença aterosclerótica ou eventos cardiovasculares potencialmente letais.
Com relação à Covid-19, esse pode ser o primeiro estudo científico a mostrar a correlação entre a infecção e o surgimento de quadros de perda de ereção, mesmo em pacientes relativamente jovens.
O Estudo
O estudo envolveu 100 homens de um total de 985 homens sexualmente ativos do grupo Sex@Covid, um grupo formado para ser seguido e estudado ao longo do tempo. Fatores de confusão foram excluídos para evitar que afetassem os resultados, reconhecidamente aumentando o risco para disfunção erétil ou suscetibilidade à Covid-19.
Risco 6 Vezes Maior
Após análises estatísticas básicas e avançadas, o resultado foi surpreendente: o risco de disfunção erétil foi quase 6 vezes maior no grupo de homens que contraiu Covid-19 em relação ao grupo que não contraiu. Esses dados impressionantes foram observados em pacientes relativamente jovens, com idades variando entre 29 e 45 anos. Essa faixa etária foi escolhida para evitar a adição de pacientes com idades mais avançadas que naturalmente apresentariam perda de potência.
Possíveis Explicações
Uma explicação plausível é o efeito negativo que a infecção pode causar nos vasos, especialmente nos pequenos vasos. Uma rede vascular em bom estado é fundamental para ereções de qualidade.
Outra explicação é a sensibilidade das ereções a quadros inflamatórios ou ateroscleróticos sistêmicos, que podem servir como um marcador de saúde masculina geral. Alguns homens podem não conhecer fatores de risco de base ainda não manifestados, mas que são precocemente expostos pela infecção de Covid-19, levando ao surgimento de diabetes, cardiomiopatias, miocardites, elevações do colesterol e hipertensão. Nesse caso, a disfunção erétil poderia ser causada pelas doenças ou condições desencadeadas pela Covid-19.
O estudo conclui que a disfunção erétil pode ser uma complicação precoce ou tardia da infecção e recomenda que qualquer piora súbita nas ereções seja monitorada por médicos e pacientes como uma possível consequência da Covid-19.
Peyronie e Implicações Futuras
Vale lembrar que, se extrapolarmos os resultados e considerarmos o quadro inflamatório desencadeado pela infecção de Covid-19, podemos estar prestes a encontrar um aumento substancial no número de pacientes com Doença de Peyronie.
É importante ressaltar que há uma série de limitações no estudo descrito, e novos protocolos devem ser realizados para confirmar os achados.
Perguntas Frequentes
1. Como a infecção por Covid-19 pode afetar a função sexual masculina?
O estudo sugere que a infecção por Covid-19 pode aumentar significativamente o risco de disfunção erétil, com um aumento de quase 6 vezes no risco em homens que contraíram a doença em comparação com aqueles que não contraíram. Isso pode ser devido a efeitos negativos nos vasos sanguíneos e à sensibilidade das ereções a condições inflamatórias e ateroscleróticas.
2. Quais são as possíveis explicações para o aumento do risco de disfunção erétil após a infecção por Covid-19?
Uma explicação é o efeito negativo da infecção nos vasos sanguíneos, especialmente nos pequenos vasos, que são cruciais para ereções de qualidade. Outra explicação é a sensibilidade das ereções a condições inflamatórias e ateroscleróticas, que podem ser exacerbadas pela infecção e levar ao desenvolvimento de outras condições como diabetes e hipertensão.
3. A disfunção erétil após a infecção por Covid-19 é uma condição temporária?
A disfunção erétil pode ser uma complicação precoce ou tardia da infecção. O estudo sugere que qualquer piora súbita na função erétil deve ser monitorada, pois pode estar associada à Covid-19. A duração e a reversibilidade da disfunção erétil podem variar dependendo do impacto individual da infecção e das condições associadas.
4. O estudo encontrou disfunção erétil apenas em homens mais velhos?
Não. O estudo focou em homens jovens, com idades variando entre 29 e 45 anos, para evitar a inclusão de pacientes mais velhos que poderiam ter perda de potência relacionada à idade. Mesmo nessa faixa etária, o risco de disfunção erétil foi significativamente maior em homens que contraíram Covid-19.
5. O que os homens devem fazer se notarem uma piora na função erétil após a infecção por Covid-19?
Os homens que notarem uma piora na função erétil após a infecção por Covid-19 devem consultar um médico para avaliação. A disfunção erétil pode ser um marcador de complicações associadas à infecção, e a orientação médica pode ajudar a determinar a causa e o tratamento adequado.