A utilização de células-tronco para impotência é o foco de diversos estudos que buscam identificar causas e tratamentos para disfunção erétil.
Estudos e tratamentos feitos à base de células-tronco têm passado pelo crivo da ciência há alguns anos e os resultados podem ser animadores. Por se tratar de células munidas de capacidade de auto regeneração, diversas áreas vêm buscando formas de as inserir em terapias e tratamentos, e no campo urológico não é diferente.
Células-tronco para impotência podem reverter casos de disfunção erétil
A impotência sexual não é, necessariamente, um problema, quando ocorre espaçada e esporadicamente. Contudo, quando essa é uma preocupação constante e prejudica a qualidade de vida, merece atenção especial e tratamento adequado.
O uso de células-tronco para impotência apresenta resultados promissores, como foi possível verificar em um estudo coordenado Martha Haahr, no Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca.
No referido estudo, homens que perderam a capacidade de ereção após remoção da próstata foram submetidos ao tratamento com células-tronco e na amostragem de 21 homens, 8 foram capazes de retomar suas atividades sexuais.
O estudo foi feito retirando células-tronco por meio de lipossucção do abdômen dos pacientes. Essas células foram, posteriormente, injetadas no pênis. Após seis meses de tratamento, oito homens puderam verificar a reversão no quadro de disfunção erétil.
Embora a quantidade de homens que tiveram sua capacidade sexual devolvida não seja maior do que o número que não obteve êxito, os resultados são bastante satisfatórios, já que se trata de uma pesquisa ainda recente, mas com resultados interessantes.
Além disso, vale ressaltar que dentre os 21 participantes, nenhum reportou efeitos colaterais significativos durante a vigência do tratamento.
No Brasil, a Terapia com Células Tronco já é realizada sob protocolos de estudos em algumas Universidades.
Principais causas de impotência sexual
É possível elencar uma série de causas associadas à impotência sexual, desde fenômenos psicológicos, hormonais, até complicações anatômicas e fisiológicas.
Danos físicos durante alguns tipos de cirurgia (por exemplo, cirurgia de próstata), ou quando o paciente sofre de hipertensão, diabetes ou doença cardiovascular são alguns fatores que podem contribuir à situação.
Em face disso, a impotência sexual se subdivide nos grupos a seguir:
1. Causas vasculares ou vasculogênicas – Manifestação de danos aos vasos ou piora de seu estado devido a mudanças relacionadas à idade;
2. Causas neurogênicas – Manifestação de lesão de nervo periférico (frequentemente detectada em diabetes mellitus e em homens após a remoção cirúrgica da próstata);
3. Causas endócrinas – Algumas doenças podem levar a uma diminuição na produção de testosterona, que, por sua vez, pode desencadear impotência sexual;
4. Causas anatômicas – Doenças penianas como a doença de Peyronie, que compromete a anatomia do pênis e causa dor e desconforto, podem causar disfunção erétil;
5. Problemas psicológicos – Esse é um fator que sempre deve ser levado em consideração, pois pode causar prejuízo à função erétil. Estes são classificados no grupo psicogênico. As possíveis causas da impotência, nesse caso, podem ser depressão, ansiedade ou outros transtornos mentais. Vale ressaltar que há também casos de impotência psicogênica situacional, que pode estar associada ao parceiro ou a uma situação pontual.
Seja qual for o motivo, é imprescindível passar pelo crivo de um médico, que irá submetê-lo a exames pertinentes para identificar a real causa e, a partir disso, indicar o tratamento mais adequado.