A disfunção erétil (impotência sexual), é a incapacidade, ou a dificuldade em ter ou em manter uma ereção peniana que permita ter um contato íntimo satisfatório. Saiba mais sobre o assunto com os 20 anos de experiência médica do Dr. Cesar Camara. Assista ao vídeo no final do post.
Consideramos que essa dificuldade possui muita importância do ponto de vista médico, quando ela acontece em pelo menos 50% das tentativas, ou seja, ereções não suficientes para a penetração. É claro que esse número é bastante arbitrário, pois o que realmente deve ser considerado é satisfação global do casal com suas relações sexuais.
Este problema pode ser combatido através da utilização de medicamentos que ativam a circulação ou mesmo utilizando-se chás preparados com plantas medicinais para os homens que desejam uma abordagem mais natural do problema.
Esses chás não possuem comprovação científica de seus resultados, mas muitos pacientes referem melhora e conforto a tomá-los, de modo que podem ser ingeridos sem problemas quando adquiridos em estabelecimentos comerciais formais sob orientação médica.
A impotência sexual ocorre sobretudo em homens de 50 anos ou mais e, além de prejudicar sua saúde sexual, pode trazer consequências como a ansiedade, a depressão e uma atitude de evitação do convívio social.
Muitas pessoas com disfunção erétil podem, também, recuperar suas ereções de forma realmente natural controlando doenças existentes e/ou praticando exercícios físicos orientados. Uma possibilidade cientificamente comprovada.
Mais recentemente, algumas terapias regenerativas tem mostrado seu valor na recuperação da função do genital.
Principais Causas
Algumas das causas mais comuns que levam a problemas de disfunção erétil incluem:
- Tabagismo
- Diabetes;
- Envelhecimento;
- Obesidade;
- Uso de certos medicamentos;
- Problemas psicológicos como depressão, traumas, medo, insatisfação ou diminuição não orgânica da libido;
Além disso, o sedentarismo é outra causa potencial da disfunção erétil e a resolução dessa questão, quando possível, acaba melhorando a performance sexual e controlando muitos dos fatores de riscos para a disfunção erétil.
Quais são os Sintomas?
Alguns dos principais sintomas da impotência sexual incluem:
- Dificuldade para conseguir ou para manter uma ereção;
- Ereção menos rígida;
- Redução do tamanho do órgão sexual;
- Mais tempo para atingir a ereção;
- Dificuldade em manter contato íntimo em algumas posições sexuais;
- Maior esforço e concentração para manter a ereção;
- Diminuição dos pelos no corpo;
- Diminuição do número de ereções espontâneas ao acordar;
- Ejaculação mais rápida que o habitual;
- Alterações ou deformação no órgão genital;
Como é feito o Diagnóstico?
Para se realizar o diagnóstico da disfunção erétil, o seu médico precisará realizar uma entrevista detalhada sobre como tudo começou e evoluiu, além de solicitar uma lista de medicamentos em uso, checar a presença de outras doenças e anotar seus hábitos.
Além disso, o urologista realizará um exame em busca de deformidades no órgão genital, doenças na próstata, sinais de testosterona baixa ou de doenças cardiovasculares e neurológicos.
Também será preciso realizar exames de laboratório para avaliar os níveis dos lipídios, açúcares e a testosterona na corrente sanguínea.
Não são necessários exames complexos para a determinação da causa do problema, de forma que o único estudo que poderá eventualmente beneficiar o tratamento e diagnóstico é o Ultrassom Doppler de Corpos Cavernosos sob ereção induzida.
Quais as opções de Tratamento Não Cirúrgicos?
A disfunção erétil (impotência sexual) pode e deve ser tratada de diferentes formas, pois sua melhora depende da sua causa e do grau de dificuldade em se obter ereções do paciente, incluem:
Uso de remédios
Terapia de reposição com hormônios
Terapia por Ondas de Choque
Uso de aparelhos de vácuo
Terapias regenerativas
Como é a Cirurgia da Disfunção Erétil?
Nos casos em que o tratamento clínico não funcionou, há indicação de colocação de prótese peniana. O implante da prótese é feito internamente, ou seja, não há nada para ser visto externamente. Além disso – é importante ressaltar – não há alteração da libido, do desejo, da ejaculação e do orgasmo. A função da prótese peniana é apenas provocar rigidez peniana adequada para a da atividade sexual regular.
O meu pênis vai ficar menor?
Cuidado especial deve ser tomado para a recuperação do comprimento e espessura do pênis. Existem técnicas e procedimentos para os melhores resultados nesse aspecto.
Como é o preparo para a Cirurgia?
É necessária uma limpeza especial com medicamentos tópicos para que o número de bactérias da pele diminua.
Os pelos na região também precisam ser removidos pelo mesmo motivo, reduzir o risco de infecção.
É preciso jejum de 8 horas, sem ingestão de líquidos ou qualquer alimento.
Anticoagulantes devem ser interrompidos ao menos uma semana antes.
Avaliação cardiológica formal é necessária para pacientes com risco cardiovascular aumentado.
Como é a Anestesia?
O procedimento pode ser realizado até mesmo com anestesia local, mas uma discussão cuidadosa com o anestesista é sempre a melhor opção.
De modo geral, a anestesia raquidiana oferece um pós-operatório tranquilo e com melhor controle da dor, de forma que acaba sendo a mais recomendada associada a uma sedação suave.
Os cortes realizados são grandes?
O corte não é grande e fica perto da bolsa testicular. Quando é preciso recuperar tamanho perdido a incisão é diferente, fica na região do pênis como em uma cirurgia para fimose.
Como é o pós-operatório?
Os primeiros 3 dias são os mais sofridos, mas muito amenizados pelo procedimento anestésico bem feito no momento da cirurgia. A anestesia apenas local é factível e viável, mas recomendo que sempre que o paciente desejar o máximo de conforto no pós-operatório, que realize anestesia raquidiana.
Para os pacientes que tiveram próteses penianas instaladas e realizaram procedimentos para recuperar tamanho e espessura.
Em geral os pacientes podem começar a ter relações sexuais em torno de 40 dias após o procedimento.
No caso de próteses infláveis, o primeiro ciclo de enchimento e esvaziamento é realizado no consultório
Há algum cuidado especial durante a cirurgia?
Sim e são muitos:
- Técnica para preservar ao máximo a integridade das esponjas dos corpos cavernosos do pênis, visando manter o máximo possível das esponjas funcionantes, provocando o máximo enchimento complementar de sangue mediante estímulo, dando ao pênis um melhor volume e temperatura.
- Técnica “No Touch” – além de todo o cuidado na higienização e assepsia do pênis e arredores do campo cirúrgico, há extremo cuidado para evitar que a prótese e seus componentes toquem a pele do pênis e arredores que podem conter bactérias, visando minimizar e evitar o risco infeccioso.
- Cuidado técnico para fazer o implante da prótese com posição adequada e simetria dos cilindros na glande e também para maior estabilidade da glande;
- Cuidado técnico da fixação da glande, para maior estabilidade e firmeza;
- A definição do tamanho ideal da prótese é um cuidado de fundamental importância. Se for escolhida uma prótese de menor tamanho que o ideal, o pênis fica menor e a glande (cabeça) do pênis fica caída, mas se for escolhida uma prótese de tamanho maior do que o ideal, o que poderia forçar a glande, aumentando o risco de uma complicação chamada extrusão.
Vou ficar com Drenos?
Não, drenos são utilizados apenas em casos de exceção. Sondas vesicais podem eventualmente ser necessárias, mas somente em casos selecionados.
Serão utilizados antibióticos?
Sim. Eles se iniciam logo antes da cirurgia e se mantem durante o pós-peratório por até 7 dias.
Como são os Curativos?
Curativos são muito importantes para evitar edema e hematomas. Em alguns casos eles serão mantidos por cerca de 15 dias com trocas diárias, em outros casos o período de manutenção poderá ser menor.
No caso de pacientes com próteses infláveis o curativo do primeiro dia é bastante grande, mas ele permanece somente por algumas horas para evitar hematomas
Quando poderei ir para casa?
A cirurgia dura poucas horas e os pacientes podem receber alta no mesmo dia saem drenos ou sondas. Para pacientes fora de São Paulo, é recomendado que permaneçam na cidade por ao menos 3 dias, quando o primeiro curativo será trocado. Qualquer mudança ou suspeita de complicação, deve fazer com que o paciente retorne a São Paulo para cuidados pessoais de qualquer imprevisto.