O Carcinoma Adrenocortical é um tumor raro que afeta apenas 1 a 2 pessoas a cada 1 milhão. Ele surge na idade adulta e a média de idade ao diagnóstico é de 44 anos. Apesar de potencialmente curável nos estágios iniciais, somente 30% dessas neoplasias estão confinadas na glândula adrenal no momento do diagnóstico, pois a maioria é encontrada apenas anos após seu surgimento. Assim, um número grande de pessoas acometida por essa neoplasia apresentam metástases a distância e mudanças relevantes no equilíbrio hormonal de seus corpos.
Características do Câncer Adrenal (Carcinoma Adrenocortical)
- Agressividade
- A maioria (cerca de 60%) produzem hormônios em excesso que causam sintomas
- A maioria (60% – 80%) secretam grandes quantidades de um ou mais hormônios adrenais
- Muitos provocam dores abdominais ou no flanco
- Disseminação à distância ocorre comumente para a cavidade abdominal, pulmões, fígado e óssos.
Avaliação e Suspeita Diagnóstica
A avaliação inicial sempre inclui testes sanguíneos que medem a quantidade de hormônios adrenais na circulação. Como a maior parte dos tumores malignos produzem alguma modalidade de hormônio (cortisol, testosterona, estrógeno, aldosterona etc), esse é o caminho inicial e obrigatório a ser seguido.
É preciso saber, contudo, que a maioria dos tumores Benignos também poderão produzir alguma quantidade de hormônios. Desta forma, demonstrar a superprodução hormonal pode não ser suficiente para determinarmos se uma tumoração adrenal é maligna ou não.
Exames de imagem devem complementar o estudo do metabolismo da adrenal. Assim, imagens de tomografia ou de ressonância nuclear magnética (importante sobretudo para as lesões pequenas) devem ser solicitados e avaliados por um especialista. O tamanho e o aspecto da neoplasia determinarão a necessidade de tratamento ou de seguimento.
A avaliação em conjunto dos achados do exame físico, dos estudos sanguíneos e dos exames de imagem, determinarão a presença ou alta suspeita de malignidade em lesão adrenal