Técnica de incisões (meshing) no tratamento da Doença de Peyronie: o que é, quando usar e riscos envolvidos

Doença de Peyronie

A Doença de Peyronie é uma condição que pode comprometer profundamente a qualidade de vida e a função sexual do homem. O desenvolvimento de placas fibrosas no interior do pênis pode provocar curvaturas severas, encurtamento e disfunção erétil. Quando tratamentos clínicos não são suficientes, a cirurgia se torna necessária — e uma das abordagens cirúrgicas possíveis é a chamada técnica de incisões (meshing).

Neste artigo, você entenderá o que é o meshing, quando ele pode ser indicado e quais os riscos envolvidos. Também será abordada uma informação essencial sobre a conduta do Instituto Peyronie: nós realizamos a técnica de meshing exclusivamente associada à instalação de prótese peniana, pois essa associação é essencial para garantir rigidez e evitar recidivas.


O que é a técnica de incisões (meshing)?

A técnica de incisões, ou meshing, consiste em realizar várias incisões em forma de rede sobre a placa fibrosa que causa a curvatura peniana. O objetivo é afrouxar a região acometida e permitir que o pênis recupere a simetria durante a ereção.

A grande vantagem da técnica é que ela é projetada para evitar o uso de enxertos, ao contrário de outras cirurgias mais extensas que exigem substituição tecidual. As incisões em rede promovem abertura da túnica albugínea de forma controlada, e na maioria dos casos o fechamento é espontâneo e satisfatório.

É importante destacar que a técnica de meshing é preferencialmente indicada para placas não calcificadas ou com grau leve de calcificação. Isso porque, em placas fortemente calcificadas, a maleabilidade necessária para a abertura das incisões e a restauração da anatomia peniana fica comprometida. Nesses casos, outras abordagens cirúrgicas podem ser mais apropriadas, como a excisão e enxertia ou a prótese com modelagem agressiva.

⚠️ Nota importante: No Instituto Peyronie, por questões de segurança funcional, o meshing é sempre realizado com a instalação simultânea de prótese peniana. Isso porque, mesmo sem o uso de enxertos, a integridade da rigidez peniana pode ser comprometida sem suporte mecânico, aumentando o risco de impotência ou re-cicatrização inadequada.


Quando essa técnica é indicada?

A técnica de meshing é reservada para situações em que:

  • A curvatura peniana é superior a 60°;
  • Existem deformidades complexas, como o aspecto em “ampulheta”;
  • O paciente apresenta placas extensas ou parcialmente calcificadas, mas ainda com preservação de elasticidade suficiente;
  • A rigidez espontânea já está comprometida e a prótese será necessária de qualquer forma;
  • O paciente deseja preservar o comprimento peniano sem a necessidade de enxertos.

Nessas condições, o meshing se torna uma alternativa mais fisiológica e menos agressiva que a colocação de grandes enxertos, desde que combinada com a prótese peniana. O procedimento pode proporcionar resultados anatômicos satisfatórios, com menor tempo cirúrgico e menor risco de rejeição de materiais alógenos.


Como é feita a cirurgia?

A cirurgia envolve os seguintes passos:

  1. Exposição dos corpos cavernosos com incisão adequada;
  2. Realização das incisões em rede (meshing) na região da placa para afrouxamento controlado da túnica albugínea;
  3. Implantação da prótese peniana (inflável ou semirrígida), escolhida de acordo com a anatomia e preferência do paciente;
  4. Teste intraoperatório de rigidez e simetria peniana com inflado da prótese;
  5. Avaliação da necessidade de ajustes nas incisões ou uso complementar de modelagem;
  6. Sutura e fechamento dos planos.

O tempo de internação costuma ser curto, e o retorno às atividades sexuais pode ser orientado entre 6 e 8 semanas após o procedimento, dependendo da evolução.


Quais os riscos e benefícios?

Riscos potenciais:

  • Re-cicatrização inadequada sem prótese de suporte, levando a nova curvatura;
  • Abaulamentos, instabilidade peniana ou recurvaturas residuais, especialmente em casos com fibrose irregular;
  • Edema, hematomas e alterações transitórias de sensibilidade peniana;
  • Risco cirúrgico relacionado à instalação da prótese (infecção, erosão, mau posicionamento).

Benefícios esperados:

  • Correção eficaz da curvatura peniana, mesmo em deformidades complexas;
  • Evita o uso de enxertos e suas complicações (rejeição, contratura, necrose);
  • Mantém o comprimento peniano com suporte mecânico adequado da prótese;
  • Redução da morbidade cirúrgica em relação a técnicas de enxertia;
  • Maior previsibilidade e estabilidade no pós-operatório, especialmente em pacientes com fibrose mais extensa, mas sem calcificação severa.

Comparação com outras técnicas

TécnicaVantagensDesvantagens
PlicaturaTécnica rápida, sem abertura do corpo cavernosoEncurtamento peniano, não indicada para deformidades graves
Meshing + prótesePreserva comprimento, evita enxertos, boa simetriaExige prótese, risco de recidiva se mal executada
Excisão + enxertoCorrige curvaturas severas com grande precisãoUso de enxertos, risco de rigidez comprometida
Prótese + modelagemResolve rigidez e curvatura simultaneamentePode causar lesões adicionais em fibrose densa

Conclusão: quando o meshing é a melhor escolha?

A decisão sobre qual técnica cirúrgica utilizar deve ser baseada em:

  • Grau de curvatura e localização da deformidade;
  • Tipo de placa (fibrosa, parcialmente ou totalmente calcificada);
  • Presença ou não de disfunção erétil prévia;
  • Desejo do paciente em preservar comprimento e evitar enxertos;
  • Avaliação minuciosa com exames de imagem e testes de rigidez.

O meshing é uma técnica segura e eficaz para casos com curvaturas importantes e placas não calcificadas ou apenas levemente calcificadas, oferecendo boa correção e recuperação funcional quando associado à prótese peniana.

No Instituto Peyronie, todas as cirurgias são precedidas de uma avaliação detalhada utilizando o método S.T.E.P., que garante a personalização do plano terapêutico e maximiza as chances de sucesso.


O que fazer agora?

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