Quem tem Peyronie pode tomar Tadalafila?

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Uma das perguntas mais comuns no consultório dos especialistas em saúde sexual masculina é:
“Doutor, quem tem Doença de Peyronie pode tomar tadalafila?”

A resposta é objetiva, científica e muito relevante para o sucesso do tratamento:
Sim, pode — e, em muitos casos, deve.

A tadalafila, conhecida popularmente como o princípio ativo do Cialis®, é um medicamento da classe dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (iPDE5). Seu uso vai muito além do tratamento da disfunção erétil, apresentando também benefícios importantes na saúde vascular peniana, que impactam diretamente na evolução da Doença de Peyronie.

Neste artigo, você entenderá:

  • Se quem tem Peyronie pode tomar tadalafila.
  • Quais os benefícios reais, segundo a literatura científica.
  • E como ela se integra ao protocolo do método S.T.E.P. do Instituto Peyronie.

O que é a tadalafila?

A tadalafila é um medicamento que atua inibindo a enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), responsável por degradar o monofosfato cíclico de guanosina (GMPc), uma molécula que promove o relaxamento dos músculos lisos e o aumento do fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos do pênis.

Em termos práticos, a tadalafila:

  • Melhora a função erétil.
  • Aumenta a oxigenação do tecido peniano durante a ereção e também em estado flácido (quando usada diariamente).
  • Tem efeito vasodilatador sustentado, graças à sua meia-vida longa (17,5 horas).

Por que a tadalafila é útil na Doença de Peyronie?

A Doença de Peyronie é caracterizada por um processo de:

  • Inflamação
  • Estresse oxidativo
  • Formação de placas fibrosas na túnica albugínea

Esses fatores estão diretamente associados à hipóxia peniana, ou seja, uma redução crônica na oxigenação do tecido peniano, que contribui para:

  • Maior deposição de colágeno tipo III (fibrose)
  • Piora da elasticidade peniana
  • Progressão da curvatura

🔬 Evidência científica clara:

A tadalafila, ao aumentar a oxigenação peniana de forma contínua, pode:

  • Reduzir o estresse oxidativo
  • Proteger a túnica albugínea da progressão da fibrose
  • Melhorar a qualidade das ereções, que são fundamentais para o remodelamento tecidual e a saúde do pênis e para evitar fraturas na placa durante as relações.

Estudos científicos sobre tadalafila e Peyronie

📄 Abern MR et al., 2014

Daily tadalafil improves erectile function and penile curvature in men with early Peyronie’s disease.

✔️ Conclusão: O uso diário de tadalafila em homens com fase inicial de Peyronie resultou em melhora significativa da função erétil e redução da progressão da curvatura.

📄 Gacci M et al., 2012

PDE5 inhibitors in the early phase of Peyronie’s disease prevent fibrosis and progression.

✔️ Conclusão: O uso contínuo de inibidores da PDE5, incluindo a tadalafila, reduziu significativamente a fibrose peniana e melhorou a oxigenação dos tecidos.


Benefícios diretos da tadalafila para quem tem Peyronie

Melhora da função erétil

  • Disfunção erétil é extremamente comum em pacientes com Peyronie, tanto pela dor quanto pelo dano estrutural à túnica albugínea.
  • A tadalafila, especialmente em dose diária, é altamente eficaz no tratamento da disfunção erétil associada.

Proteção da túnica albugínea

  • A melhora sustentada da oxigenação do tecido peniano tem efeito direto na proteção contra o avanço da fibrose.
  • Atua como uma terapia antifibrótica indireta, ao reduzir os mediadores de estresse oxidativo.

Melhora da elasticidade peniana

  • Pacientes que mantêm ereções de qualidade têm menor chance de desenvolver deformidades progressivas.

Sinergia com outros tratamentos

  • A tadalafila potencializa os efeitos da tração peniana assistida, das terapias regenerativas (PRP, ácido hialurônico) e da pentoxifilina.
  • No método S.T.E.P., seu uso é considerado padrão em praticamente todos os pacientes que não tenham contraindicações.

Existem riscos no uso da tadalafila para quem tem Peyronie?

De forma geral, a tadalafila é um medicamento extremamente seguro quando prescrito corretamente.

Contraindicações absolutas:

  • Uso concomitante de nitratos (medicamentos para angina ou insuficiência cardíaca).
  • Hipotensão severa não controlada.
  • Infarto recente ou eventos cardiovasculares agudos não estabilizados.

⚠️ Efeitos colaterais mais comuns:

  • Cefaleia
  • Congestão nasal
  • Desconforto gástrico
  • Dor nas costas (em casos específicos)

Esses efeitos são, na grande maioria dos casos, leves e autolimitados.


Qual é a dose de tadalafila recomendada para Peyronie?

No método S.T.E.P., a tadalafila é utilizada preferencialmente na dose de:

  • 2 a 5 mg/dia — uso diário, contínuo.

✔️ Essa dose oferece:

  • Melhora sustentada da função erétil.
  • Benefício vascular constante.
  • Efeito antifibrótico indireto.

O uso “sob demanda” (apenas antes da relação sexual) não oferece os mesmos benefícios terapêuticos para a Peyronie.


A tadalafila sozinha corrige a curvatura?

Não.
A tadalafila é um componente essencial, mas ela:

  • Não atua diretamente sobre a placa fibrótica.
  • Não tem efeito isolado suficiente para remodelar a curvatura.

Por isso, no método S.T.E.P., ela é sempre combinada com:

  • Pentoxifilina (antifibrótico)
  • Coenzima Q10 (antioxidante)
  • Tração peniana assistida (mecanoterapia)
  • Terapias regenerativas (PRP, ácido hialurônico, etc.)
  • E, quando necessário, cirurgias reparadoras.

Conclusão: Quem tem Peyronie pode tomar tadalafila?

Sim. E, na verdade, na maioria dos casos, deveria.

A tadalafila é segura, bem tolerada e desempenha um papel fundamental no:

  • Controle da progressão da Doença de Peyronie.
  • Proteção da túnica albugínea.
  • Melhora da função erétil.
  • Potencialização dos resultados das terapias regenerativas e mecânicas.

Se você tem Peyronie e ainda não faz uso de tadalafila, recomendamos uma avaliação criteriosa. O protocolo correto, baseado em ciência e prática especializada, faz toda a diferença.

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instituto peyronie