Quanto tempo devo tomar colchicina para Peyronie?

homem de meia idade discretamente feliz em hospital de urologista.

A Doença de Peyronie é uma condição que pode comprometer gravemente a saúde sexual masculina, provocando curvaturas penianas, dor e disfunção erétil. Na busca por soluções, muitos pacientes acabam ouvindo falar de um medicamento chamado colchicina, tradicionalmente utilizado no tratamento da gota, e que em algum momento foi testado para o tratamento da Peyronie.

Mas afinal: quanto tempo deve-se tomar colchicina para Peyronie?
A resposta curta e objetiva, dentro do método S.T.E.P. do Instituto Peyronie, é: nenhum tempo.

Neste artigo, vamos explicar por que a colchicina não é utilizada no nosso protocolo, o que diz a literatura científica mais recente e quais são as alternativas eficazes e seguras que utilizamos.

O que é a colchicina?

A colchicina é um anti-inflamatório com mecanismo de ação específico sobre os microtúbulos celulares. Seu uso principal é no controle de crises agudas de gota e no tratamento da febre mediterrânea familiar, uma doença genética inflamatória.

Durante as décadas de 1980 e 1990, começou a ser testada em alguns estudos preliminares para tratar a fase aguda da Doença de Peyronie, ou seja, aquela em que há dor, inflamação ativa e possível progressão da fibrose.

Por que a colchicina foi considerada para Peyronie?

A lógica por trás do uso da colchicina na Peyronie era simples:

  • A doença tem um componente inflamatório na fase inicial.
  • A colchicina tem ação anti-inflamatória e pode modular a proliferação de fibroblastos.
  • Logo, ela poderia reduzir a formação da placa fibrótica e melhorar os sintomas.

Essa hipótese gerou alguns estudos pequenos e não-randomizados, como o clássico estudo de Akkus et al. (1994), que observou alguma melhora em dor e estabilização de curvatura.
🔗 PubMed – Akkus et al., 1994

O que diz a literatura mais atual?

Apesar das hipóteses promissoras, ensaios clínicos randomizados posteriores não confirmaram a eficácia da colchicina no tratamento da Peyronie. As limitações incluem:

  • Melhoras modestas ou nulas na curvatura peniana
  • Ausência de efeito significativo sobre o tamanho da placa
  • Alta taxa de efeitos colaterais gastrointestinais (náuseas, diarreia, cólicas abdominais)
  • Falta de estudos com metodologia robusta

Um dos artigos mais citados na revisão da literatura é o de Ralph et al. (2010), que concluiu que a colchicina não demonstrou benefício clínico confiável em comparação com placebo.

📚 Ralph D, Gonzalez-Cadavid N, Mirone V, Perovic S, Sohn M, Usta M, Levine L. The management of Peyronie’s disease: evidence-based 2010 guidelines. Int J Impot Res. 2010 Mar-Apr;22(2):109–22.
🔗 Link para artigo

Colchicina e efeitos adversos: um risco desnecessário

Outro fator importante que desaconselha o uso da colchicina é seu perfil de efeitos adversos:

  • Náuseas, vômitos e diarreia são muito frequentes.
  • Em doses mais altas ou uso prolongado, há risco de toxicidade hematológica e neuromuscular.
  • Pode interagir com diversos medicamentos de uso comum, como estatinas e antibióticos.

A FDA (EUA) exige controle rigoroso de dose e contraindica seu uso prolongado sem monitoramento clínico.

E no método S.T.E.P.? A colchicina é usada?

Não. No Instituto Peyronie, a colchicina não é utilizada em nenhuma fase do tratamento, por três motivos fundamentais:

1. Falta de evidência científica robusta

A literatura mais recente não confirma seu benefício clínico significativo no remodelamento da placa, na melhora da curvatura ou da função sexual.

2. Perfil de segurança desfavorável

Os efeitos adversos são comuns e potencialmente graves. Isso é inaceitável para uma condição que tem outras opções mais seguras e eficazes.

3. Existência de alternativas superiores

O método S.T.E.P. se baseia no que há de mais moderno e bem embasado na medicina internacional. Temos hoje opções farmacológicas e regenerativas com muito mais respaldo e segurança.

Quais medicamentos são usados no Método S.T.E.P.?

No protocolo medicamentoso do S.T.E.P., utilizamos três pilares terapêuticos comprovadamente mais eficazes:

Pentoxifilina

  • Ação antifibrótica e antioxidante
  • Reduz a progressão da placa
  • Seguro para uso prolongado

📚 Safarinejad MR. Pentoxifylline attenuates progression of Peyronie’s disease in men undergoing penile traction therapy.
🔗 PubMed

Tadalafila em baixa dose (uso diário)

  • Melhora a oxigenação peniana
  • Potencial ação protetora da túnica albugínea
  • Trata simultaneamente a disfunção erétil

📚 Abern MR et al. Daily tadalafil improves erectile function and penile curvature in men with early Peyronie’s disease.
🔗 PubMed

Coenzima Q10

  • Antioxidante celular potente
  • Redução de dano oxidativo nos tecidos penianos
  • Excelente tolerabilidade

📚 Safarinejad MR. Coenzyme Q10 improves penile curvature, plaque size and sexual function in men with early chronic Peyronie’s disease: a double-blind, placebo-controlled randomized study.
🔗 PubMed

O tratamento medicamentoso é prescrito de forma individualizada, mas, em geral:

Quanto tempo dura o tratamento com medicamentos no S.T.E.P.?

  • Dura 12 meses
  • Acompanhado de terapias regenerativas, tração peniana e, quando indicado, suporte psicológico e andrológico
  • A adesão ao tratamento e o monitoramento médico são fundamentais para o sucesso

Conclusão: Quanto tempo devo tomar colchicina para Peyronie?

Nenhum.

No Instituto Peyronie, a colchicina não é indicada para o tratamento da Doença de Peyronie, porque:

  • Não funciona como prometido
  • Tem riscos significativos
  • Há alternativas mais seguras e eficazes

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