Importância de Parar de Fumar Após o Diagnóstico de Câncer

O Impacto do Tabagismo

É relativamente comum que pacientes mantenham o hábito danoso após o diagnóstico e também não é incomum que médicos tolerem escapes em relação ao fumo. Isso ocorre em consideração ao grande estresse já causado pela doença e pela possibilidade pequena de diminuir o risco de novos tumores causado pelo fumo em um curto prazo de tempo.

Estudo Científico

Um estudo norte-americano, realizado com financiamento público, trouxe novas evidências sobre essa relação. De acordo com a publicação de dezembro de 2013, que seguiu pacientes ao longo dos anos, a chance de um paciente com câncer que fuma (diariamente ou eventualmente) morrer é 76% maior do que a de um paciente com câncer que parou de fumar assim que recebeu o diagnóstico.

Os dados também revelaram que a sobrevida média para quem continuou fumando foi de apenas 2,4 anos, enquanto aqueles que pararam completamente o tabagismo viveram em média 4,4 anos. O estudo indica que o fumo afeta pacientes com tumores reconhecidamente causados pelo tabagismo, como os de pulmão, estômago ou bexiga, mas também pacientes com outros tipos de câncer.

Especificamente para o câncer de próstata, o estudo mostra que o risco de morte é 127% maior para quem recebeu o diagnóstico e continua fumando.

Mudança de Postura

É crucial que médicos reforcem a necessidade de os pacientes pararem de fumar, especialmente após um diagnóstico de câncer. É o momento ideal para orientar e oferecer suporte, como programas antitabagismo e informações em linguagem simples. Infelizmente, apenas 50% dos pacientes tabagistas com câncer nos EUA recebem orientação formal para interromper o vício.

Quando uma pessoa recebe o diagnóstico de câncer, ela geralmente se torna muito receptiva a tudo que possa ajudar no tratamento e na prevenção de novos problemas. Este é um momento decisivo que pode ser a diferença entre a vida e a morte para o paciente.