Envelhecimento e Disfunção Erétil. O que está acontecendo?

Homem preocupado com Disfunção Erétil

A Disfunção Erétil é definida com uma inabilidade recorrente para se conseguir e/ou manter a ereção peniana de modo suficiente para a atividade sexual. Essa condição é definida como o problema sexual mais comum que atinge homens com mais de 40 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em decorrência do aumento da expectativa de vida, em 2025 cerca de 15% da população terá mais de 65 anos de idade, o que também se relacionará com um aumento na prevalência de disfunção erétil (cerca de 322 millhões de casos), estabelecendo uma séria demanda para políticas de saúde para prevenção ou mitigação da disfunção sexual nessa população masculina.

Apesar de conhecermos a influência de múltiplas condições médicas como o diabetes, a hipertensão, a dislipidemia, as doenças coronarianas e o tabagismo na disfunção sexual, agora sabemos que existem alterações próprias do envelhecimento e que ocorrem de forma independente desses outros fatores.

Há mecanismos morfológicos e fisiológicos que fazem parte do processo de envelhecimento que atuam de maneira crucial no processo de disfunção e envolvem senescência celular, indução de estresse oxidativo com inflamação que com o tempo casam lesões por acumulação.

Assim, a despeito de alguns fatores de risco possuírem um papel importante no estabelecimento dessa condição, a idade por si pode ser suficiente para o estabelecimento de uma função sexual diminuída. Nesse caso, mecanismos fisiológicos e morfológicos próprios do envelhecimento desenvolvem a disfunção erétil na ausência de outras condições, pois a adequada função erétil depende inteiramente da integridade vascular dos pequenos vasos (endotélio) peniano e mínimas alterações provocadas ao longo de anos se acumulam para um resultado inadequado.

Apesar da Disfunção Erétil não ser considerada uma condição que traz risco à vida, ela tem um papel como sentinela para aterosclerose incipiente e pode alertar para outras condições agressivas como um infarto ou um derrame.

Nessas circunstâncias, um estilo de vida ativo e saudável não somente previne doenças, mas pode também reduzir o impacto das disfunções sexuais em adultos mais velhos.